Tuesday 3 January 2012


sábado foi um dia ideal. finalmente estou caindo num ritmo aqui. parei de correr em todo lugar parei de sentir pressão de tomar conta das horas do dia. fui fotografar. voltei ao centro primeiramente na altura da rua uruguaiana e da alfândega - enfiando me nas ruas dos passos, do teatro até da alfândega.

ainda movimentada demais fiz um ziguezague nas ruas do ouvidor,  do quitanda e do rosário onde houve menos gente e podia fazer umas fotos sem esperar um tempão.

fiquei contente porém cruzando o primeiro do março. nas ruas e travessas lá só houve guardas. tirei ubaldo e andei a vontade.  houve uma exposição no museu dos correios do brassaï que quero ver e com as guardas lá em frente com a porta aberta pensei que podia entrar, estive errado.

bem houve também restaurantes lá abertos com nenhum freguês, mesas alinhadas bem direitinhas na travessa, moços prontos para atender e ninguém.  claro porém quando quis fazer uma foto da cena um moço teve que escolher este momento para fumar. fumando os colegas dele saíram com ele. e lá estou eu na rua esperando enquanto os guardas do museu está me vigiando. não tendo pressa no final ganhei. fiz a foto e um pouco mais antes que partir.

o restaurante parecia interessante e se tivesse com alguém parava. mas hoje - o último dia do ano estava me sentindo um pouco só e nada é mais patético do que um cara só num restaurante vazio. normalmente trago algo para ler afim que me enganar que estou homem de negócios precisando comer e sair logo.

fiz fotos das barreiras que os lanchonetes e restaurantes tem para se distinguirem. fotografei as fachadas. também me situei para poder documentar o perto e também o mais distante sem ter o infinito. fotografei o que a gente deixou. passei um tempão fazendo o que pretendo fazer andando toda rua num bairro.

subindo o primeiro de março um desabrigado me pediu direções. passei um restaurante tempeh que devo provar. na área entre o primeiro de março e rio branco houve bastante cadeiras de sapateiros comecei catalogá-las. pareciam tronos. subi a rua debret para ver mais uma vez o ministério do trabalho onde no último andar tive usei o laboratório do ministro.

mais tronos.

pretendendo voltar ao apartamento pegar o meu jornal e ir a uma praça querendo recordar os acontecimentos e as cenas que vi mas não fotografei - placas, desenhos, anúncios. passei por cinelândia agora bem limpa só uma cinema pornô que vi na rua alcindo guanabara.

passando um boteco na evaristo da veiga e vendo o assento duma bicicleta com o símbolo do fla, parei, pedi permissão de fazer uma foto.

-pois não.

fiquei um pouco desorientado chegando no apartamento. por causa do mercado ao longo da tadeusz kosciusko o lanchonete que freqüento estava fechada. tive vontade de ter uma pizza e também comê-la fora. fui a um lanchonete na praça cruz vermelha que faltava tudo, pizza mussarela, e pasteis de queijo. finalmente entrei num restaurante onde podia sentar no exterior dele mas não sabia era um do quilo. o moço teve que perguntar se tivesse pizza - estava escrito lá no cardápio. eu não sabia encher o papelzinho que o cara me deu, pedi uma cerveja brahma e bebi-a antes que pizza chegasse. me senti só lá do outro lado da rua houve mesas alinhadas com gente conversando, brincando, brindando, houve música, e aqui sou eu o único pessoa comendo na varanda deste restaurante.

nunca foi a uma praça, nunca entrei os acontecimentos do dia no jornal. caí num sono só acordando na hora de ir a copacabana. caindo chuva andei porque o ônibus já estavam lotados até que eu chegaria antes dos ônibus por causa do engarrafamento na praia de botafogo. continuou a chover. vi toda esta gente em branco pingando água, vi pessoas nas paradas ao longo da rota xingando os motoristas de ônibus. inicialmente eu e um ônibus ultrapassávamos com tanta freqüência que quase fazia conhecimento com a festa que já começou nele.

desisti na praia de botafogo faltavam duas horas e meio até réveillon já estava molhado e novamente sendo só decidi voltar ao apartamento.

ah se soubesse ah se ignorasse tudo que a gente me disse em vez de ir a copacabana subiria em santa teresa para ver tudo de lá. ao meio norte do apartamento vi o show de lá, vi outro que parece que veio da praia do flamengo. em vez de ir a copacabana iria nos morros para assistir ouvi dizer que a vista da rocinha era magnífica. a próxima vez.


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