Monday 16 January 2012


subi em santa teresa para ver a chácara do céu. fui uma subida brutal com 39º. chegando a uma portão perguntei se fui na chácara.

- não está mais para cima mas está fechado fecha às cinco.

estava a descer quando o cara disse que isto o parque das ruínas está aberto até as sete e posso ficar à vontade.

uma exposição bem interessante disseram que era pop art mas ao meu ver isto parecia arte auto-didático. passei bastante tempo lá principalmente por causa da  tempestade e quando estava a sair…

- desculpe mais gostaria de saber o tipo da sua máquina - o  gilson maia me perguntou.
- e tipo rangefinder. olho pra aqui
- e não tem visor atrás?
- não uso filme ainda.

ele tem 55 anos de idade, é aposentado mas trabalha no parque. está tomando um curso da fotografia lá na comunidade de pavão. quis saber se dava de aulas da foto.

 - dou.

 - e onde.

- infelizmente nos estaites. quer trocar lugar comigo?
também já foi e nunca mais voltará

na sua família até recentemente a mulher dele tirava as fotos, porque houve problemas enxergando mas agora melhorou e está interessado. na época quando não enxergava tão bem usava a foto para ver o que estava em frente dele. tem uma máquina pequena da sony mas pediu do irmão dele uma máquina melhor outra sony.

dei uma dicas dumas máquinas melhores em que podem trocar objetivas, porque ele está querendo fazer isto também. disse que não deve se preocupar tanto com a exposição porque tudo se dará certo com photoshop mas sim o enquadramento. um colega lá concordou. por isso o gilson queria uma máquina com uma tela grande.

falávamos de outros assuntos, a política lá e aqui, mencionando que fui assaltado na madureira, disse que agora sou um carioca de verdade.

fiz uma foto dele e disse que pensei em voltar durante a copa mas não quero chorar aqui quando o brasil perder.

disse que se vier posso ficar com ele na casa dele.

trocamos email porque não tenho página facebook.

eu fui me para fazer mais umas fotos mas o vi esperando o ônibus lá no largo.

novamente estou me sentindo mais à vontade estou encontrando gente batendo um papo com eles. algo que queria fazer assim que chegar.

novamente bem sabia que tive que sair para ter estes encontros.

eu ou vi quando quis fazer um foto duma pracinha em que houve uma estátua quase escondida. preparava tudo quando o cara entra na quadra e decide de fumar.

enquanto esperava outro cara disse que há uma vista bem melhor simplesmente subindo a rua ao lado.

- não estou interessado ao momento da vista mas de pracinhas esquecidas pela cidade.
- este não é esquecida.
- então de quem é aquela estátua?
- sei lá. mas alguém sabe.

finalmente o cara terminou seu cigarro e fiz a foto.

outro caro queria dizer se ubaldo era uma leica.

eu parti para fazer mais fotos mas nesta esquina era bem difícil. parece que todo turista no rio veio descansar aqui.

a descida era bem mais fácil do que a subida.

acordei cedo porque quis tomar a barca de cocotá.

só uma dúzia da gente esperava e quando vi a barca fui decepcionado. claro que com a gente indo uma barca do tamanho da antiga rio niterói não era precisa mas queria fica em frente vendo a viagem - isto é cruzeiro?

no fim porque houve algo de errado com a barquinha pegamos a barca.

fiquei um pouco nervoso aproximando a estação. subindo o morro atrás dela foi uma favela.
pobre não quer dizer ladrão.

com cautela a máquina escondidinha  fiz umas fotos de um campo de skate. equanto fiz isto estava procurando as paradas de ônibus caso…

depois dum tempinho no centro onde não achei nada que quis documentar - muita gente - fui andar ao longo da baía. houve gente na praia e entrando na água mas não sei não depois de ver um cão morto pelado pelas ondas duvido que entraria na água da baía.

fora disto o bairro era bem agradável. tenho certeza que a gente fora da ilha nunca pensaria em morar  aqui mas houve prédios bem arrumados mais íntimos dos monumentos da zona sul. houve uma tranqüilidade também.

às vezes fiquei um pouco nervoso. mas novamente porque o povoado parecia tão íntima que estava excluído. esta impressão aumentou quando pedi um refresco de maracujá duma gerente mal humorada num lanchonete. levou um tempão de me servir e não me deu o meu troco.

usei ubaldo bastante mas quando não vi algo deixei na bolsa. mesmo às vezes quando vi algo que teve potencial andava ao redor da cena antes de fazer a foto. foi este negócio de sendo suspeito mais com um medo de ser roubado.

vi da barca uma igreja num morro e fui para lá. subindo achei um campo de futebol mas a maioria das imagens de lá foram mais formais.

abafante o calor 40º. foi ainda pior no ônibus parada na avenida brasil. até tomei o ônibus na direção errada. quando finalmente desci na central foi bem difícil andar ao apartamento. procurei os gatos da praça e não achei-os. estavam todos na sombra que teve dormindo.

foi da tarde com o calor que decidi ir a santa teresa e a chácara do céu.

um açaí de 500.



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