Wednesday 4 January 2012


estou ficando frustrado. o que estou querendo fotografar todo mundo diz que não devo. não é porque estou explorando a gente. só tiro retrato da gente depois de pedir e depois que tivemos algum contato fora da fotografia, uma conversa, aqui mais que nunca estou só fotografando gente que quero lembrar. também sei que porque defendo o rio não estou fotografando algumas coisas que normalmente faria. sei que modifiquei o que faço normalmente é por causa do prejuízo que a gente da américa do norte tem de aqui. um blogue começa com a pobreza. por isso não fotografei o cara que me abraçou na riachuelo mesmo que disse que podia tirar retrato. tampouco a gente embaixo dos arcos. sei que estou determinadamente ignorando certos aspetos da vida de dia em dia do carioca por causa disto. por exemplo deve ser natal porque já vi tanto peru por fora mijando. até que vi um carro de caros para na paulo frontin todo mundo desceu e mijou. houve uma garota vigiando quando o namorado dele urinou. vi um homem na avenida brasil que nem se virou.

mas isto não é porque ando frustrado. ela vem da necessidade de fazer imagens para entender e sentindo que não devo. ando confuso simplesmente não sei quem posso acreditar. a frustração vem do fato que os bairros e lugares onde quero caminhar sempre são proibidos na opinião da gente. não sei se isto vem de experiência pessoal o porque assista as notícias na televisão. ontem assistir as notícias da rede globo e sbt só contavam de roubos, tiroteios com policiais, ou marginais escondidos pelas cidade. parece que a notícia é universal neste sentido. eu quero descer dum ônibus e ter cautela mas não a um ponto que quero subir novamente.

hoje ao menos não tive que pensar nisto. por causa da chuva decidi explorar a cidade de ônibus. por causa da chuva, queria pegar um bem perto do apartamento isto quer dizer a praça cruz vermelha. o primeiro que veio que parecia interessante foi um a grajaú que passou por vila isabel. por causa da chuva só levei a leiquinha.

indo quis fotografar a escola de samba, quis documentar as lojas do bairro. a gente esquece que vindo dos estaites, não há a variedade de empresas que tem aqui. mesmo na áreas metropolitanas não há três ou quatro lanchonetes, butequins, cabeleireiros nem restaurantes numa quarteirão. venho da nação de mcdonald’s, subway, starbucks e tal até agora tem redes de pubs irlandeses. o local não existe. quero ver o que distingui vila isabel da tijuca e de grajaú.

hoje ao menos não podia. estava chovendo. quando desci em grajaú achei um bairro íntimo com um praça com restaurantes e bares. vi um ônibus ligado ao metrô e vendo que podia ir de grajaú a pavuna por somente $4,15 subi.

o metrô da saens peña estava vazio. o metrô a pavuna estava lotado. fiquei a pé até a penúltima estação. normalmente não tomo o metrô não estou com pressa e a vista das janelas não me interessa. pensando porém que o trem seria na superfície teria algo a ver. daqui pra frente tomarei ônibus. houve muralhas e quando podia ver estava tão afastado que não tive uma impressão dos bairros.

lá na distância. engenhão novamente.

pavuna é um exemplo do que me frustra. neste dia não porque estava caindo chuva mas normalmente quando os meus sensos são assaltados assim quero fotografar antes que eu começo entender o que está em volta de mim. gosto daquela primeira impressão. nestas situações tiro retratos de objetos, de cenas, nem penso no formal.

pavuna parecia o saara do centro ainda maior. não tenho certeza não só sei que quando saí da estação estava no meio de um labirinto de barracas, andei um pouco principalmente tentando achar a parada de ônibus. não para me mandar não mas por causa da chuva e quis achar o conjunto alemão e o teleférico que vi por perto. fiz o erro de tomar um ônibus expresso foi  praça xv pela avenida brasil. novamente não vi os bairros ao longo do caminho. descendo na praça mauá quando realizei que a parada central seria mais perto ao apartamento, fiquei um pouco desorientado. querendo não ir até avenida rio branco pensei que podia simplesmente subir e descer o morro da conceição. desviei um pouco. fazendo fotos, desviei bastante simplesmente porque o morro só é um grande desvio. a chuva parou suficientemente que fiz umas fotos. finalmente perguntou a alguém no bairro se for possível chegar até presidente vargas.

não tive que voltar na maneira que cheguei.

passando por saara parei para fazer fotos, finalmente comprei cola bastão para o jornal, uma caneta marcador para a mapa, e um sharpie a fim de distinguir os rolos quando finalmente começo a revelá-los.

um litro de açaí com um pastel.

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