Sunday 22 January 2012

aqui sou eu  portão 34, terminal 2 do aeroporto do galeão tom jobim.  em frente de mim a cidade inteira pão de açúcar, central do brasil, corcovado, complexo de alemão sumaré. está na hora em que as reflexões são a mesma intensidade do que a luz ambiente lá fora na cidade onde já não faço parte. oficialmente creio não estou mais no brasil, o duty free tem preços em dólares. o passaporte já estava carimbado mas mesmo assim lá é.

um dia frustrante. novamente esqueci algo bem importante e por causa disto fui limitada em que podia fazer. fui um dia feriado e esqueci de ir trocar dinheiro ontem, por isto comecei o dia com R$ 40 reais.

também tive que subir em santa teresa novamente para pegar a minha cartão de crédito que a balconista não devolveu. acordei bem cedo querendo pegar a cartão assim que a loja abrisse. problema é que ainda não abriu.

nervoso, feriado, loja fechada. falei com a gerente do mercado do lado que quis me ajudar mas não sabia quando ela abria.

deve abrir hoje é dia de feriado tem capacidade de ganhar bastante dinheiro.

tirei as últimas três fotos com ubaldo da loja que teve a minha cartão e do espirito santa.

o dia será dedicado à leiquinha e as coisinhas que mesmo sem perceber faz parte do ambiente carioca. com a leiquinha sempre chego mais perto.

não querendo gastar o pouco dinheiro que tive desci a pé que me deixou em frente do multi market.

tive que me acalmar a gerente disse que talvez meio dia ou uma hora. não quis esperar e gastar as horinhas que tive.

fui ver se o câmbio que usava estava aberta mas também querendo que este seja um dia como qualquer outro fui verificar o email.

estava fechado.

escolhei a rota até praça mauá que me levava pelo saara. tudo fechado. e numa dia dedicado à leiquinha. usei as sombras, a portas meia abertas, os postos, lâmpadas, e fachadas, fita duma banca que pareceu um signo do zodíaco.

estava fechado o câmbio. no mesmo tempo lembrei que quase tudo seria fechado não haverá lugar onde comprar presentes. precisava de R$15 para chegar ao aeroporto. mas o resto podia ser gasto em açaí e transporte.

tomei um ônibus a laranjeiras, precisava fotografar o butequim de coimbra, e também o lanchonete onde tivemos açaí certo. com a leiquinha o passeio foi diferente. se vi algo fiz uma foto. com 35mm não penso em rolos nem imagens e deixa para mais tarde as decisões que normalmente faço antes de apertar o botão.

indo ao largo do machado realizei que era mais ou menos duplicando o mesmo passeio do primeiro dia. decidi voltar a pé para economizar dinheiro e porque ainda faltava tempo até que a loja abrisse.

desviei subindo benjamim constante, achando mais uma maneira de subir a santa teresa mais ladeira no calor, mais um gato descansando na ladeira, fiquei no lado assombrado da rua.

e decidido detesto santa teresa durante o dia. novamente o largo de guimarães novamente com gente que pareciam perdida. no banco na parada de ônibus, nas calçadas nem bebendo nem comendo simplesmente esperando.

entrei na loja e a balconista me entregou a cartão. disse que correu atrás de mim ontem mas sem sucesso ela foi na direção do largo e para espirito santa. pediu desculpes várias vezes mas não ofereceu nada em recompense. o meu último dia como carioca foi comprometido.

sumi ainda em santa teresa, querendo achar o trampolim e o lugar onde fiz a foto do grupo há 10 anos. não sei porque faço questão de fazer estas coisas nunca deu certa, a realidade não é telenovela, a gente se encontra uma vez e pronto.  todo o mundo funciona como o filme before sunrise.

achei o lugar, o hospital fechou-se e claro não houve ninguém. os meus estados aqui não tem nada que ligam salvo de mim.

finalmente desci, desci pela paula matos que me deixava nem 500 metros do apartamento.

para celebrar um açaí de 500.

ue tá cedo!
não sabia que tive horário. posso deixar para mais tarde.
não um agora outra mais tarde também.

bebi parti sem perceber porque novamente ela estava ocupada. e a semana que vem quando não aparece…

bem além de ter só 15h estava na hora. realmente não pudia fazer mais no bairro, falta de dinheiro, não quis ficar no apartamento esperando, arrumei as malas, tranquei a porta  joguei as chaves embaixo dela. deixei o chip e com isto o meu número de telefone e mensagens, exclui todas.

tomei um ônibus até praça xv que foi um problema porque as ruas no bairro da fátima foram bloqueadas.

andei até a estção das barcas e vi ônibus que precisava fingir de não me ver. andei até santos dumont e finalmente… mauá, rodoviário,  cidade do samba, são cristovão futebol clube - ie não fui, lá na distança o complexo de alemão, penha e tom jobim.

o aeroporto - ao menos terminal 2 é uma bosta, um lanchonete, levou mais duma hora comprar um queijo quente com um café com leite - quis uma focaccia caprese - o primeiro sanduíche veio com presunto e frio o segundo quente e com presunto. tomei o café antes que o terceiro sanduíche chegou.

isto parece mais um aeroporto de macaé.

preciso dum açaí

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