Saturday 14 January 2012


sem eu perceber eles me seguiam. parece que perceberam a máquina de embaixo quando estava no viaduto lá em madureira. me enfrentaram em frente do hospital lá.
eram cinco ou seis moleques. todos gritando no mesmo tempo.
-   o que está fazendo tirando fotos?
-   tirou de mim lá no viaduto
-   deixe eu ver o que tirou
-   é filme respondi não é digital
-   tira filme da máquina pô!

tentei explicar que estava procurando o estádio de bangú.
-   mentira e repórter o campo fica do outro lado.
-   sou estrangeiro não sabia ontem um cara disse que era para cá. e mostro a cópia dos meus documentos.

o que parecia o líder do grupo mandou todo mundo calar-se revistou os documentos e mandou todos salvo de um embora.

-   olhe, olhando os documentos, aqui é cheio de ladrão tem que se cuidar. vamos tomar algo e conversar sobre um pouco.

recusei a oferta. notando que quando eles aproximavam-se a mim houve uma dúzia da gente na rua agora estava só.

-olhe já lhe ajudei o que o senhor vai fazer pra mim em recompensa?

entendi mas realmente não
-   digamos R$20
-   tive uma nota de cincoenta e outra notas que valiam mais ou menos R$18. abri a carteira e dei todas as notas pequenas quando o colega viu a nota de cincoenta. agora quis, o colega, isto também.
-   preciso de ir ao centro como vou fazer isto sem dinheiro?
-   tira do seu conto aqui.
-   sou estrangeiro olhando para os documentos que o cara ainda teve não tenho conto a alem de ser estrangeiro não todos são ricos.
no fim trocamos eles ficaram com R$50 e eu com R$18.

me sugeriam uma rota para a estação me partimos.

novamente este coisa de repórter este desconfio,  não sei como agir contra isto. gente paranóica assim não entende curiosidade. mas vi porque desconfiam mais tarde, à noite vi uma programa de televisão onde só houve este tipo de reportagem onde pegam gente fazendo fora do legal.

senti estranho na madureira com gente em volta de mim me senti seguro mais uma vez mas tive a idéia que me vigiavam ainda. não fui diretamente ao trem mas andei um pouco no centro até que pensei em tentar achar o estádio.

podia ser bem mais perigoso que aconteceu mas além de ser um pouco mais vigilante não virei paranóico.

fui a engenhão.

este é o tipo de dia que estou tendo. algo ótimo balançada por algo péssimo. este dia pretendia voltar a madureira de trem para documentar o campo de futebol lá. no trem vi que estava na mesma linha que bangú e decidi ir lá primeiramente depois fotografar os campos mais  para o centro.

falando em classes, no trem definitivamente tem duas. o trem deste dia não foi como o que peguei voltando a central. aquela foi ar condicionado, espaçoso, claro, podia passar pelas vagões. indo a deodoro o trem parecia uma jaula, escuro, quente, sem nenhum luxo.

o trem passa pelo estádio do bangú mas desci no centro e andei até lá inicialmente ao lado da ferroviária até que vi nada que me interessava. me afastando um pouco achei pracinhas, placas, cenas que documentei.

chegando ao campo fiz o que normalmente faço agora, tentar incorporar o estádio na vizinhança. pedi entrada e me deixaram andar à vontade. fotografei as arquibancadas, o cara cortando a grama, e outras detalhes que vi.

cara me aproximou e me contou a historia do campo os planos de renová-lo.
-  tirarão estas arquibancadas e no lugar terá uma tobogã como pacaembú.

me deu um website e uma página facebook se fosse interessado.

no exterior mais uma vez uma tirei fotos da praça do muro e uns botecos fechados mas prontos para receber a freguesia.

um cara quis que fotografe-o com o cachorrinho dele até que informei-o que uso filme e retirou a oferta.

finalmente tomei o trem para madureira bem contente do que fiz aqui.


depois do encontro decidi de descer no engenho de dentro para fotografar engenhão. houve uma fotografia interessante mas como sempre houve uma cara no meio da quadra comendo e desisti. depois pensei se desisti foi causa do encontro na madureira.

-está fechado parece que o botafogo está praticando lá dentro não estão deixando ninguém entrar disse o moisés.

ele é de brasília, botafoguense, está aqui porque a mãe dele morou o ano passado e tem que vender a casa em campo grande. está hospedado na barra. foi aos estaites flórida.

fui dar uma rodada do estádio esperando ver a grama ou menos umas fotos interessante. só me lembro de uma e isto é dum bar em frente da entrada do leste. engenhão cabendo na vizinhança domina a não como os outros estádios nem mesmo são januário. é impressionante mas não é íntimo.

encontrei moisés mais uma vez e disse que o estádio está totalmente fechadinho. fomos pro trem juntos e conversávamos durante a viagem. trocamos emails mas o que escrevi está sempre voltando.

eu fui à urca querendo achar as fotos que vi no escuro. passei 20 minutos na saída da estação de ônibus por causa dos engarrafamentos. e quando cheguei na urca não me lembrei de nada. tudo que parecia interessante a noite anterior não achei tanto agora. fiz umas fotos e saí.

bem gostaria porém de ser um das pessoas encostadas na muralha lá tomando cervejinhas batendo papo mas novamente não vi nenhuma pessoa só.

um açaí de 500.










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