Tuesday 3 January 2012


a dánia não gosta da dilma...nem do lula.
-  ladrões.
estava na feira hippie procurando presentes estava em ipanema tentando comprar uma mapa da cidade e um globo com cartão de crédito.
ainda caiu chuva mas estava lá com ubaldo e a nova leiquinha.

parei na barraca dela porque teve brincos falava algo sobre o tempo. respondi sobre a chuva.

-melhor a chuva assim beneficia as plantas e os árvores. antigamente houve tempestades em vez de chuva assim e elas causarem bastante tragédia desmoronamentos.

-me lembro das tempestades uma caída de água bem forte durante quinze ou vinte minutos e acabou. quando estava aqui nos anos 70.
- a os anos 70.
-  úe gostou dos anos 70.
-  gostei
-  mesmo com a ditadura do costa e silva, de médici e arena?
-  morava naquela época na argentina e lá foi bem pior com isabelita perón. houve gente que conheci que desapareceu, houve outros que se esconderam na minha casa na época.

mencionei sendo detido pelo dops porque encostei me numa muralha militar ao lado do santos dumont quando estava escrevendo uma tese para um curso nos estaites.

-  acha que melhorou?
-  não acha? estou morando na lapa e…
-  sai de lá.
-  porquê?
-  lapa só tem prostituta, ladrão, vagabundo e marginal.
-  mas sabe senhora que lá fora o rio de janeiro para com o centro lá fora lapa é zona norte. procurei algo na tijuca…
-  tijuca? quer a zona norte? vai agora, não hesite, desça no metrô vai até botafogo - não mora na lapa vai até cinelândia, pegue a linha verde até pavuna. lá é zona norte. lá tem gente boa honesta tentando sobreviver.
-  vou…
-  não vai faça agora mesmo.
-  não realmente vou também irei do trem da central cuidado dependendo da estação… não vai à noite só tem traficante nos trens à noite. esconde a sua máquina.
-  acha que a pacificação está funcionando?
-  sei lá.
-  se está funcionando porque tem tanto upp em todo lugar. suba na favela do pavão, suba…
fiz uma foto dela depois de pedir. e me despedi. mas voltei logo, porque ela falava comigo talvez ela podia responder a algumas pergunta que tive - o rio card por exemplo. ela foi bem paciente comigo e colega dela também.

-  me ajuda moço. não enxergo muito bem e preciso tomar ônibus até o centro pode chamá-lo quando chegar?
-  qual é o número.
-  434
-  não para aqui tem que ir a parada brs2 isto são brs 1e 3
-  é longe demais, me ajuda chama.
-  não vai parar o senhor tem que ir lá na gomez carneiro.
-  é longe não quero. tente para mim. qual é este ônibus onde vai?
-  passa pela central.
-  serve chama chama por favor.
ele entrou e desapareceu.

o meu plano era de subir na velha estrada da tijuca mais uma vez a fim de documentar os oferecimentos aos orixás antes que os urubus acabam com todo.

com uma mapa vejo que estou bem perto à central - imagine o sô e eu vizinhos finalmente -  e de lá posso pegar o ônibus- esqueci o número.

realmente tem dois rios. lá na zona sul tem o brs tudo marcada bem direitinho, os números que param, onde fica as outras paradas, e tal. em frente da estação ferroviária houve quatro paradas sem informação nenhuma. perguntei a gente esperando onde devo estar e ninguém sabia. até que nem sabia onde seus próprios ônibus paravam. vi uma mulher grávida correr uns 30 metros para apanhá-lo. vi uma mulher velha cair quase em frente dum ônibus tentando subir na calçada.

o que não vi foi o meu ônibus. talvez a rota mudasse. decidi andar até praça mauá esperando achar o começo da rota. claro que desviei. em vez de ser inteligente e seguir a presidente vargas optei para uma rua que parecia mais interessante. marechal floriano, tirei ubaldo e fiz fotos mais uma vez das cadeira vigiando as lojas fechadas. fiz mais fotos
formais, documentei umas anúncios mas o que a dánia me disse sobre a minha máquina me fez parar quando vi uma turma de gente por perto. em vez de continuar voltei.

praça mauá estava movimentada, com uma estranha mescla de gente. turistas dos hotéis internacionais da rio branco, até gente que morava nos hotéis para cavalheiros por perto. todos os lanchonetes foram abertos. houve música. gente “namorando” uma mesa de gente da ásia jogando mah jonhg. tentei sem sucesso de achar o ônibus. voltei a presidente vargas fotografando os hotéis de homens ao longo do caminho.

assim que cheguei na presidente vargas o ônibus apareceu mas no tempo que levou para chamá-lo já passou.

voltei a última parada na rio branco e esperei
esperei quase uma hora.
quando cheguei na alta não houve luz suficiente para fazer fotos. mesmo assim tentei. resolvendo tentar voltar outra vez. principalmente porque numa parte da estrada antiga da tijuca houve estátuas dos santos com os oferecimentos. explorei até que encontrei alguém cozinhando.

mais uma vez desci da floresta mas esta vez somente até usina.
passei o dia sem açaí.

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